Dentro de meu quarto
Jaz meus sonhos
Tantos quantos enraizei
E no escuro do meu descanso
Uma bela rapariga se aproxima
Vestida em manto dourado
Na cabeça uma coroa de estrelas
Descalça traz sob seus pés todas as luas do universo
E toda a escuridão se esvai
Nesse instante os raios já escapam pelas brechas das portas e janelas
Eis que a luz já cega os curiosos que se afastam
Risos ecoam pelo ambiente
Sinto a face queimar
A rapariga se aproxima
Sua face não tem nenhuma expressão
Não ri, não chora... não sente raiva e nem mesmo desprezo
Nenhum sentimento a comete
Não há respiração, nem palpitação que venha dela
Seus olhos são espelhos
Nesse instante o medo já tomou conta do meu ser
Não a vejo mais se não como um complemento de mim
E eis que ela me toca a face
Sua mão é suave como uma névoa
E o corpo que antes queimava agora gela
Frio e pálido
Em meu leito em uma tarde de abril
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