E de que me importa se ontem me perdi,
se hoje me encontrei?
E de que me importa se amanhã eu cair,
se neste instante danço entre as brumas do meu ser?
Ah, vida minha…
maravilhosa és,
graciosa, imperfeita,
deliciosamente simples
como um biscoito de chocolate
saboreado numa manhã de um dia qualquer.
E aqui estou eu,
a te contemplar em tua esplêndida forma,
ainda jovial —
mesmo que o tempo já me sussurre nos olhos
e alguns fios brancos se acomodem em minhas têmporas
como sinais de que vivi.
Que venham os anos com brandura,
para que eu ainda possa usufruir
dessa juventude que não é mais nova,
mas é mais consciente.
Venha, vida, com formosura,
vestida de seda,
perfume de jasmim no ar.
Porque o ontem já não existe,
e o futuro… todos sabem, não nos pertence.
Só este agora —
em que respiro,
sinto o ar, a brisa,
e simplesmente sou.
Não sou o que fui,
nem o que ainda serei.
Sou o agora deste instante.
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